Docentes da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) votaram, na tarde desta quarta-feira, contra a retomada das atividades presenciais na instituição, prevista para o dia 15 de março, sem a vacinação. Eles consideram irresponsável o retorno em um dos piores períodos da pandemia.
Desde abril do ano passado, a instituição adotou o modelo de ensino remoto emergencial, em razão da pandemia de covid-19.
Portaria assinada pelo reitor Marcelo Turine, do dia 19 de fevereiro de 2021, no entanto, autorizou a adoção do chamado ensino híbrido para os cursos de graduação e de pós-graduação até o término do período letivo de 2021, conforme o calendário acadêmico.
O que significa, além do retorno das atividades administrativas presenciais, o oferecimento apenas de aulas teóricas na forma remota. Ao mesmo tempo que autoriza o teletrabalho aos professores, técnicos administrativos e estagiário, o documento estabelece critérios para os servidores que podem solicitar o formato.
Têm direito a continuar trabalhando em casa pessoas com 60 anos ou mais; com doenças preexistentes crônicas ou gravas, gestantes e lactantes; responsáveis pelo cuidado de uma ou mais pessoas com suspeita ou confirmação de covid-19, desde que haja coabitação; pessoas com filhos em idade escolar ou inferior e que necessitem da assistência de um dos pais, enquanto vigorar norma local que suspenda as atividades escolares ou em creche; e pessoas que apresentem sinais e sintomas gripais.
Em assembleia, realizada pela Adufms-Sindicato (Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), os professores afirmam que cada unidade está definindo sobre como será a retomada das aulas. Porém, apesar da portaria, não houve consenso geral sobre a medida.
Conforme os docentes, o documento divulgado pela reitoria está ambíguo ao mesmo tempo que pressiona para a presença dos profissionais na instituição, mesmo sem o necessariamente o retorno geral dos alunos, no consideram um dos períodos mais críticos da pandemia.
Além de se posicionarem pela manutenção das aulas remotas, os professores solicitaram reunião com a reitoria para debater o assunto.
O número de contaminações confirmadas diariamente pela SES (Secretaria de Estado de Mato Grosso do Sul) está parecido com os registros feitos no pior período da pandemia, em setembro do ano passado. O número de mortes, no entanto, bateu recorde em dezembro de 2020, mas continuou alto em janeiro e fevereiro deste ano.
Com informações do Campograndenews e Nova Notícias
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