
O professor de 32 anos, preso por estuprar cinco meninas em um lar beneficente, localizado no bairro Tiradentes, em Campo Grande, as ‘ensinava’ como fazer sexo oral nele e também como deviam mandar nudes, segundo a Polícia Civil.
Ao G1 a delegada Franciele Candotti, adjunta da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e o Adolescente (Depca) e responsável pelas investigações, disse que o suspeito passou por depoimento nessa quarta-feira (5). No entanto, ele permaneceu em silêncio e disse que falaria somente em juízo.
“O professor foi preso em flagrante pelo armazenamento deste tipo de material e também praticou estupro de vulnerável e produção de conteúdo pornográfico infanto-juvenil, principalmente porque orientava como elas deviam fazer. Nós também levamos para a delegacia um celular e objetos que ele usava para a prática dos crimes, como pênis de borracha”, ressaltou a delegada.
Ainda conforme a delegada, o professor “se aproveitava da amizade que criou com as meninas”, que são adolescentes entre 12 a 16 anos, para praticar atos libidinosos e, enquanto elas faziam sexo oral, eram filmadas.
“Pouco antes de ir para cela da Derf [Delegacia Especializada de Repressão à Roubos e Furtos], de maneira informal, ele teria dito que nunca as obrigou a nada, falando que elas sempre quiseram. Só que, no depoimento formal, ele desejou falar somente em juízo, na presença do advogado. Agora, passará por audiência de custódia e irá para o presídio ou solto”, afirmou Candotti.
Segundo as investigações, as meninas também enviavam fotos nuas, se masturbando e o professor armazenava todo este material em três notebooks, apreendidos na casa dele nessa quarta-feira (5). No lar beneficente nada de ilícito foi encontrado.
“O professor também aparece nas imagens e as vítimas se reconheceram nestas filmagens, bem como o local, que era a sala de informática do lar beneficente. O local inclusive foi reformado recentemente, trocaram o piso e a administradora do local também confirmou ser a sala”, ressaltou a delegada.
Entenda o caso
A polícia cumpriu mandado de busca e apreensão contra o suspeito nessa quarta-feira (5). Ele já vinha sendo investigado há 2 meses. Segundo a polícia, na casa dele foram encontrados provas que permitiram a prisão em flagrante.
“Ele vem praticando esses delitos há anos, porque em 2015, ele foi condenado pela prática desse crime [estupro de vulnerável]. Na época, ele foi desligado do Lar e depois foi novamente contratado e lá, ele ficou mais seis anos”, explicou na ocasião a delegada.
A polícia continua com as investigações e acredita que existem mais vítimas.
Até a publicação da reportagem o G1 não conseguiu contato com a defesa do professor.
Fonte: G1
Foto: Polícia Civil/Divulgação