Cerca de 20% dos internados no Hospital Regional de Ponta Porã (MS) são paraguaios que têm dupla cidadania, de acordo com a instituição.
O Paraguai atingiu 100% na ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) destinada à pacientes com Covid-19. A lotação nos leitos no país vizinho de Mato Grosso do Sul, tem apresentado reflexo em hospitais de cidades fronteiriças ao país.
Em Ponta Porã (MS), a 326 km de Campo Grande, que também é município vizinho de Pedro Juan Caballero (PY), cidade paraguaia, cerca de 20% dos leitos Covid do Hospital Regional da cidade são ocupados por paraguaios que têm dupla cidadania, de acordo com a instituição.
Na cidade sul-mato-grossense que faz divisa com o Paraguai, os chamados “brasiguaios”, que são as pessoas que possuem dupla nacionalidade, podem atravessar apenas uma rua para recorrer ao atendimento de Saúde em Mato Grosso do Sul. De acordo com os dados da prefeitura de Ponta Porã (MS), 30%dos paraguaios que vivem em Pedro Juan Caballero (PY) também possuem documentos brasileiros, assim possibilitando a busca de atendimentos de saúde no Brasil.
Diante dos dados da prefeitura de Ponta Porã (MS), especialistas temem pela sobrecarga no Sistema de Saúde (SUS) de Mato Grosso do Sul. Nesse domingo (21), pela primeira vez durante toda a pandemia, o Ministério da Saúde do Paraguai anunciou a lotação máxima nos leitos de UTI Covid-19.
Conforme as informações do Ministério da Saúde paraguaio, todos os 650 leitos públicos e privados do país vizinho estão ocupados, incluindo o das cidades fronteiriças ao Brasil. Em Ponta Porã (MS), são 30 leitos de UTI Covid, que também estão com lotação em 100%.
O G1 procurou a secretaria municipal de Saúde de Ponta Porã para saber se o anuncio de superlotação nas UTIs Covid-19 no Paraguai afetará o atendimento no Brasil, o órgão informou que “novos leitos serão abertos”, porém, informaram prazo e o quantitativo de UTIs que serão.
Fonte: G1