Mato Grosso do Sul atinge, nesta terça-feira (1º), a marca de 106% dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) exclusivos para covid ocupados. A situação preocupa, pois conforme dados do Consórcio de Veículos de Imprensa, MS tem o maior percentual de aumento da média móvel de mortes por covid do país: 53%.
O secretário estadual de saúde, Geraldo Resende, ao anunciar um novo boletim da covid com dados preocupantes, na segunda-feira (1º), lamentou a situação. “É o estado que mais cresce em números da doença no Brasil, mas a população optou por fazer aglomerações e festas clandestinas”, ressaltou.
Dessa forma, os dados indicam que a fila de pacientes em estado grave que esperam transferência para leitos UTI está em 244 pessoas em MS, a 4ª maior do país. De acordo com os dados, o estado com maior número de pessoas na fila é o Paraná, com 616 pacientes. Em seguida estão: Minas Gerais (252) e São Paulo (247).
O boletim divulgado pelo governo de MS na segunda-feira já mostrava o colapso no sistema de saúde, com todas as regiões do Estado marcando ocupação de leitos em 100% ou mais. Geraldo Resende declarou que “nem quem tem convênio ou procura por hospital privado encontra leitos”.
Boletim da covid de segunda-feira (31) mostra colapso na saúde em todas as regiões de MS
Os dados da SES (Secretaria Estadual de Saúde) mostram que o número de pessoas à espera de internação por covid cresceu 79% em duas semanas. No dia 17 de maio, havia 142 pacientes aguardando transferência no Estado.
Colapso na saúde
O painel de informações da SES mostra um cenário preocupante. Em apenas uma semana, houve aumento de 8,2% na taxa de ocupação de leitos UTI para covid em Mato Grosso do Sul.
Além disso, a situação é considerada crítica em todas as regiões. “Estamos hoje com 100% dos leitos UTI ocupados. Mesmo quem tem convênio ou está procurando atendimento em hospitais privados, não estamos tendo vagas em MS”, declarou o secretário estadual de saúde, Geraldo Resende.
Mato Grosso do Sul se aproxima dos 300 mil casos da doença, chegando a 290.725 infectados. Ainda restam 2.423 testes em análise nos municípios. Na última semana epidemiológica, que encerrou no sábado (29), houve recorde de novos casos, com 11.942 confirmados, com tendência de piorar. “Tivemos a pior semana da pandemia e parece que a próxima assim o será”, destacou a secretária-adjunta da SES, Crhistinne Maymone.
Todas as macrorregiões de MS estão com taxa de ocupação de leitos acima de 100%. Em Dourados, o índice está em 106% , em Campo Grande em 101%. Nas regiões de Corumbá e Três Lagoas é de 100%.
O informe relata que o Estado possui 1.281 pessoas internadas com a doença, sendo que 535 estão em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) em estado grave. Dessas, 402 estão hospitalizadas pelo SUS e 133 estão na rede particular. Outras 746 apresentam quadro mais estável e estão em leitos clínicos, sendo que 544 estão pela rede pública e 202 em hospitais privados.
Assim, MS está próximo do recorde de internações hospitalares, que foi de 1.316 no dia 2 de abril.
Fonte: Midia Max
Imagem: Divulgação