Mato Grosso do Sul fechou o primeiro semestre de 2023 com aumento de quase 9% no número de mortes em rodovias federais na comparação com igual período do ano passado. Em 2022, a Polícia Rodoviária Federal registrou 82 óbitos, contra 89 neste ano.
Os dados da PRF mostram que este é o quarto ano seguido de aumento nas mortes na primeira metade do ano. Se a comparação for com igual período de 2020, primeiro ano com dados disponíveis no sistema da PRF, a quantidade praticamente dobrou, saltando de 46 para 89. No ano seguinte, em 2021, ocorreram 62 mortes nos primeiros seis meses.
Por causa das oito mortes registradas durante o feriadão de Corpus Christi, junho deste ano fechou com 20 mortes e foi o mês mais trágico desde dezembro de 2021, conforme os dados disponibilizados pela PRF. Em dezembro daquele ano, foram 23 mortes num único mês.
Os 854 quilômetros da BR-163, cujas obras de duplicação foram paralisadas faz mais de seis anos, foram o principal palco das tragédias, uma vez que é a rodovia mais movimentada do Estado. Nos primeiros seis meses deste ano foram 33 mortes entre Mundo Novo e Sonora.
No ano passado, no mesmo trecho, a Polícia Rodoviária notificou apenas 20 óbitos na estrada privatizada em 2014 e que deveria estar completamente duplicada há pelo menos quatro anos.
Nos seis primeiros meses deste ano, o site da PRF indica que ocorreram 323 acidentes na 163. Um quarto deles (81) aconteceu no anel viário de Campo Grande, entre os quilômetros 466 (saída para São Paulo) e 503 (saída para Cuiabá).
E o próprio anel viário tem um trecho mais crítico, que fica entre os quilômetros 476 e 492, na região norte da Capital, onde ocorreram 45 dos acidentes no primeiro semestre.
Foi justamente nesta região onde dois motociclistas morreram nesta segunda-feira (03). Pela manhã, numa colisão envolvendo quatro veículos. A vítima foi Roberto Silva dos Santos, de 58 anos. À noite, na mesma região, morreu outro motociclista, que até o fim da manhã de hoje não havia sido identificado.
Fonte: Correio do Estado/ME
Foto: Naiara Camargo / Correio do Estado