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Homem tenta na Justiça ‘parar’ irmã que já vendeu R$ 18 milhões em cabeças de gado sem dividir herança

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Um brasileiro que mora no Paraguai tenta há 2 anos na Justiça fazer a irmã parar de vender cabeças de gado deixadas como herança pelo pai e que ainda estão em inventário. Conforme o homem de 31 anos, a irmã já vendeu mais de 3.800 cabeças de gado para fazendeiros brasileiros e paraguaios. A denúncia corre na justiça do país vizinho, no distrito de Yby Ya’u em Concepción, distante 107 km de Ponta Porã, Mato Grosso do Sul.

As cabeças de gados são pertencentes às empresas Latin Investment Group e Urunde’y Ganaderia SA, onde ambos são os principais acionistas, cada um com 10% e os outros 80% estão no nome do pai Ademir Domingues, falecido em 2019. “A parte do meu pai ainda não foi dividida que seria os 80%”, afirma Domingues.

“Com ela não tem conversa. Ela colocou gente armada na fazenda para que eu não possa ingressar no imóvel”, relata. Domingues disse que, em 19 de abril de 2022, fiscalização do Senacsa (Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Animal do governo paraguaio) detectou venda de mais de 1,4 mil bovinos, totalizando 3.802 cabeças de gado.

Assim, avaliação do momento indica dano patrimonial às empresas de 3.564.427,00 dólares, que corresponde a cerca de R$ 18,6 milhões pela atual cotação.

Ele explica que, apesar de dois atos de acusação, o processo avançou pouco e a irmã continua em liberdade, com a possibilidade de continuar comercializando mais animais.

Denúncia
O irmão apresentou a denúncia em 2020, mas somente em 10 de novembro de 2021, o promotor Valdez acusou a mulher por quebra de confiança, pois foi confirmada a venda de 2.402 bovinos. Então, pediu a prisão para a acusada, mas a audiência nunca aconteceu, uma vez que cada resolução foi apelada pelos advogados da irmã.

Em 8 de março de 2022, também solicitou ao Juízo o bloqueio da emissão de guias e transferências das duas empresas, porém, até o momento não houve resposta. Os estabelecimentos pecuários estão localizados no distrito de Yby Yaú.

Domingues disse que não viu a cor do dinheiro da venda dos gados. “No Brasil também estamos em inventário, só que estamos bem, não tem problema. O problema é no Paraguai porque a justiça fecha os olhos”, afirma.

A promotoria pediu a prisão preventiva da acusada, mas o juiz responsável pelo caso derrubou o pedido. Com isso, Domingues não conseguiu seu objetivo de ‘parar’ a irmã, uma vez que, conforme o Senacsa, o pai deles, Ademir Domingues, seria o único que poderia comercializar os gados.

Fonte: Coximagora