Incidente envolvendo dois homens, um de 54 anos e outro de 39 anos, terminou em um tumulto e na condução de ambos à Delegacia de Polícia de Paraíso das Águas na manhã da última quinta-feira (17). O caso teve início quando um vendedor, que comercializa cestas básicas, foi cobrar uma dívida na casa de um cliente.
Segundo boletim de ocorrência, o vendedor compareceu à residência para receber o pagamento de uma cesta básica vendida em setembro de 2024. Ele foi atendido pela mãe da compradora, que o orientou a retornar por volta das 13h00, pois a filha não estava presente.
No entanto, enquanto esperava, o marido da compradora chegou ao local e, ao avistar o veículo do vendedor estacionado próximo ao portão, iniciou uma discussão que rapidamente escalou. O marido teria descido do carro proferindo ofensas e se dirigido ao vendedor de forma agressiva, desferindo um tapa em seu peito.
A partir desse momento, ambos teriam entrado em vias de fato. Durante a briga, o homem que iniciou a agressão teria afirmado que entraria na casa para buscar uma arma, o que fez com que o vendedor temesse pela própria segurança.
O vendedor então se dirigiu à Delegacia para relatar o ocorrido. No entanto, devido a uma falta de energia elétrica na cidade, o boletim de ocorrência não pôde ser registrado imediatamente. Ele foi orientado a procurar apoio policial caso houvesse qualquer tentativa de perseguição ou ameaça.
Mais tarde, por volta das 13h, o agressor foi avistado circulando pela cidade. Com medo após as ameaças sofridas, o vendedor solicitou apoio da Polícia Militar, e ambos foram conduzidos para prestar esclarecimentos na Delegacia.
Já nas dependências policiais, o agressor apresentava comportamento alterado e alegou que teve seu aparelho auditivo danificado durante a briga, enquanto o vendedor relatou que seus óculos foram arranhados no confronto.
O clima tenso persistiu durante o atendimento, com o agressor proferindo ameaças ao investigador responsável, afirmando que este “não sabia com quem estava lidando” e que “estaria ferrado”, diz o boletim policial.
Devido ao comportamento agressivo e desobediente, ele foi colocado em uma cela para que o boletim de ocorrência pudesse ser registrado sem maiores interrupções.
Ainda na Delegacia, o agressor voltou a ameaçar o vendedor, dizendo que este “deveria sumir da cidade” e que, se não o fizesse, “estaria ferrado”, chegando a afirmar que “iria acabar com ele”.
Diante da situação, o vendedor afirmou que, no momento, não tinha interesse em formalizar uma representação contra o agressor, mas foi informado sobre seu direito de fazê-lo dentro de um prazo de seis meses.
Fonte: MS Todo Dia