Um bebê de 1 ano o pai dele estão desaparecidos após o homem jogar o carro em uma ribanceira, segundo a Polícia Civil. O delegado Cássius Zamó falou que, além dos dois, estavam no veículo a mãe da criança e outra filha, de 5 anos, mas elas conseguiram se salvar. A mulher relatou à PC que, após uma briga, o marido jogou o carro de propósito com objetivo de que ele caísse no rio.
“O investigado disse à família que precisava buscar ou encontrar uma certa pessoa, razão pela qual todos entraram no veículo e se deslocaram para cá. Logo antes da ponte, o investigado disse que ia matar todos e projetou o veículo num desfiladeiro”, disse o delegado.
O caso aconteceu no domingo (9) e, desde o dia seguinte, o Corpo de Bombeiros tem feito buscas no Rio São Marcos, que fica perto de Cristalina, no Entorno do Distrito Federal. A corporação informou ao g1 que até as 16h30 desta quarta-feira (12), eles não haviam sido localizados.
Segundo a polícia, o carro não chegou a ficar submerso na água. Por isso, o homem teria tentado afogar a esposa e depois a filha.
Elas conseguiram escapar e não viram mais o homem nem o bebê. Com isso, a PC trabalha com duas hipóteses: que eles possam ter se afogado ou que o pai fugiu levando o filho.
Mãe das crianças, Raiane Pereira dos Santos relatou à TV Anhanguera que estava dentro do carro com o marido e os filhos quando, após uma discussão, ele jogou o carro de propósito por uma ribanceira.
“Ele empurrou o carro, mas o carro não desceu porque tinha uma pedra atrapalhando. Ele foi na minha porta e puxou pelo braço. O bebê estava no banco de trás e a menina estava no meio. Ela [filha] ficou puxando meu braço para não me levar para dentro do rio e ele falando que ia me matar. Ele pegou ela pelo braço e a jogou no fundo do rio”, contou a mãe.
A mãe e a filha conseguiram sair do rio e, quando voltaram para o carro não encontraram o homem, Alessí Francisco, de 35 anos, nem o filho, Adrian Pietro, de 1 ano.
O trabalho dos bombeiros tem como foco a superfície do rio. Eles disseram que, como já fazem alguns dias que os possíveis corpos caíram na água, a chance de estarem no fundo é baixa. Desde segunda-feira (10), os bombeiros já percorreram mais de 20 quilômetros do rio.
O delegado disse ainda que a polícia também trabalha com a possibilidade de o homem ter levado o filho e estar escondido.
“A criança menor não foi encontrada e até agora seu destino é incerto. Não sabemos se, por acaso, o investigado socorreu ele ou se ele acabou caindo na água e morrendo afogado”, disse.
Do lado de fora do rio, que fica na divisa dos estados de Goiás e Minas Gerais, familiares improvisaram um acampamento, com um pouco de comida, água e café, e disseram que não sairão de lá enquanto o bebê não aparecer.
“A gente fica triste, angustiada. Fraqueza na gente também dá. Eu espero que a Justiça seja feita e quero achar meu bebê vivo ou morto para dar um enterro digno para ele”, desabafou a mãe.
Por Danielle Oliveira e Gabriel Buosi, g1 Goiás e TV Anhanguera