
O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri da Comarca de Chapadão do Sul condenou Tayara Caroline Silva a 22 anos de prisão – inicialmente – em regime fechado pelo de Ingrid Lopes Ribeiro (13) há dois anos. A sentença foi proferida pelo presidente do Tribunal do Júri, e titular da 1ª Vara de justiça, Dr. Sílvio Prado. Nos termos do Art. 482 e seguintes, do CPP, o juiz concluiu pela materialidade e autoria do crime imputado à ré pelos crimes de Homicídio consumado qualificado com três qualificadoras (CP, 121, § 2º, I, II e IV, § 4º).
Ocultação de cadáver (CP, 211) e Corrupção de menores (ECA, 244-B) com pena total de 22 anos de reclusão e 10 dias-multa à razão de 1/30 salário-mínimo vigente à época dos fatos. Considerando-se o total das penas e as circunstâncias do Art. 59, do CPC, o juiz estabeleceu o regime inicial em fechado, conforme Art. 33, § 2.º, já considerando o tempo de pena cumprida como detração.
Foi vetado o recurso em liberdade porque as decisões do Tribunal do Júri são soberanas e devem ser executadas de imediato. O Tribunal presidido por Sílvio Prado teve na acusação de parte do Ministério Público o promotor Dr Matheus Cartapatti. Outros dois advogados integram o Júri composto por três mulheres e quatro homens.
O crime aconteceu em janeiro de 2020 e chocou a comunidade sul-chapadense pelo requinte de crueldade. A menina foi morta com golpes de machado na cabeça. O corpo foi enterrado nos fundos da casa onde morava a acusada. Na ocasião a mãe colocou uma nota de desaparecimento sem imaginar que jamais veria a jovem. Várias notícias falsas sobre seu paradeiro foram veiculadas, aumentando ainda mais o drama da família.
A Polícia Civil de Chapadão do Sul começou a investigar o caso e descobriu uma informação que acabou puxando o “fio da meada” que revelou vários fatos cruéis com a narrativa dos envolvidos. A ação policial foi coordenada pelo delegado Felipe Potter que desencadeou várias diligências até achar o corpo. Foi um excelente trabalho que resultou na prisão de Tayara Caroline Silva, ré confessa de um crime bárbaro contra uma menina de 13 anos por motivos torpes. Foram semanas de incursões em busca de pistas que nem sempre levavam aos criminosos.
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Fonte: Chapadensenews