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Mato Grosso do Sul tem alta de 22% no número de assassinatos no primeiro trimestre de 2022

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Os homicídios dolosos cometidos em Mato Grosso do Sul aumentaram 22,91% no primeiro trimestre de 2022, quando comparado com o ano passado. O número já é maior que o registrado durante todo o ano de 2021 somente em Campo Grande, totalizando 118 vítimas de janeiro a março de 2022.

Conforme dados da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), o número de homicídios dolosos praticados em Mato Grosso do Sul entre os meses de janeiro e março cresceu, quando comparado 2022 com 2021. No ano passado, foram 96 ao todo, sendo 29 na Capital e 67 no interior.

Já neste ano, Campo Grande registrou 35 homicídios e as cidades do interior 83, totalizando 118. Somente no mês de março foram registrados 38 homicídios neste ano, sendo 10 na Capital e 28 no interior. Em comparação ao ano passado, já são 5 a mais, quando foram registrados 33 no mês de março — 21 deles no interior e 12 na Capital.

Os homicídios registrados nas cidades fronteiriças de Mato Grosso do Sul correspondem a quase metade dos números de todo o ano de 2021. No ano passado, dos 441 registros no Estado, 244 foram nestas regiões, e 112 em Campo Grande.

Homicídios em Campo Grande

No primeiro mês do ano, Wagner Paixão Chimenes, de 39 anos, foi morto no dia 23 no Jardim Nascente em uma emboscada na Rua Kioto. O caso ainda está em investigação pela 3ª Delegacia de Polícia da Capital e foram constatadas três perfurações por tiro na cabeça e no peito de Wagner. No local — ermo e rodeado de terrenos baldios — não há câmeras de segurança, e há suspeita de que a morte poderia ter ligação com acerto de contas.

No dia 4 de fevereiro, Cosmo Pereira Garcia, de 45 anos, foi morto a tiros em frente à residência de um colega, onde morava temporariamente, no Portal Caiobá. O autor alegou que Cosmo “causava problemas” na vizinhança. O autor alegou que sua casa era constantemente furtava pela vítima e foi liberado após se apresentar na 6ª Delegacia.

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Cosmo foi morto em frente à residência onde morava. (Foto: Henrique Arakaki – Jornal Midiamax)

Após quase um mês depois, no dia 5 de março, Aparecido Mendes Pereira, de 53 anos, foi morto com pelo menos 8 facadas no Bairro Tarsila do Amaral, e o corpo encontrado por um vizinho. O filho da vítima disse à polícia que o pai teria sido agredido um dia antes do crime enquanto bebia em um bar da região.

No dia 17 do mesmo mês, Willian Henrique Matos dos Santos, de 31 anos, foi executado com cinco tiros no Bairro Mario Covas após uma discussão com dois homens, que estavam sentados em uma mureta discutindo. Os atiradores estariam em um Fox ou Gol, mas a investigação ainda não foi finalizada, apesar de um suspeito ter sido levado para a delegacia e liberado em seguida.

Dez dias após a morte de Willian, um homem foi encontrado morto na Antiga Rodoviária, na região central, acusado de cometer estupros. A versão foi dada por dois suspeitos, presos pelo GOI (Grupo de Operações e Investigações) após o crime. A vítima foi morta com mais de 10 facadas pelo corpo, cabeça e pescoço.

No final do mês de março, Stanislau Silva Vicente foi morto no dia 27 e teve o rosto desfigurado, no Assentamento Estrela, pelo colega com quem dividia a residência. O autor continua preso e confessou ter matado a vítima que, após cinco golpes com um banco de madeira, ainda gemia de dor. Ele ficou foragido, mas foi localizado e teve a prisão preventiva decretada.

Midiamax