
BRASÍLIA — A vacina da Janssen, braço farmacêutico da Johnson&Johnson, não chegará ao Brasil nesta terça-feira. A informação foi confirmada nesta segunda pelo Ministério da Saúde e pelo laboratório, que não divulgaram a nova data e nem justificaram o atraso. Segundo a pasta, a expectativa é de que as 3 milhões de doses, que haviam sido antecipadas, desembarquem no país ao longo desta semana.
“O Ministério da Saúde informa que a chegada das doses antecipadas da vacina Covid-19 da Janssen ao Brasil não se dará nesta terça-feira (15). A pasta aguarda confirmação da data por parte do laboratório, mas a expectativa é de que as doses cheguem ainda esta semana ao país em três remessas”, diz a nota enviada pela pasta.
A chegada na terça-feira no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, foi anunciada no sábado, depois que os Estados Unidos autorizaram o envio da remessa. Como as doses vencem em 27 de junho, o ministério precisará de um maior esforço logístico para distribuiur e aplicar as doses, com um mutirão para administrá-las em cinco dias úteis nas capitais.
O Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora norte-americana, estendeu a validade de lotes próximos ao vencimento de 12 para 18 de semanas. Porém, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve se reunir nesta semana para decidir sobre a extensão no prazo em território nacional. Segundo apuração do GLOBO, a tendência é que o órgão dê aval. Aplicado em dose única, o imunizante é uma aposta do governo para acelerar a vacinação.
“Seguimos dialogando com o Ministério da Saúde e outras autoridades locais com o objetivo de disponibilizar a vacina no país o quanto antes. Compartilharemos novas informações assim que houver atualizações. A companhia está comprometida em oferecer acesso global igualitário à sua vacina contra a COVID-19 em um modelo sem fins lucrativos para uso emergencial durante a pandemia. Como parte deste compromisso, reconhece a importância de assegurar que as pessoas no Brasil tenham acesso ágil à sua vacina”, informou a Janssen, em nota.PUBLICIDADE
Ao todo, o contrato entre o ministério e o laboratório prevê a chegada de 38 milhões de doses no segundo semestre. Esse primeiro lote é um adiantamento conforme anúncio feito pelo ministro Marcelo Queiroga em 4 de junho. Cada dose custa US$ 10.
Fonte: O Globo
Foto: SHANNON STAPLETON / Reuters