
Repercute na Capital de MS o sistema de transporte de Costa Rica pela eficiência e gratuidade ao cidadão ao se deslocar dos bairros para o centro da cidade. Trata-se de mais uma ação assertiva do prefeito Delegado Cleverson. Vem sendo mantido durante sua gestão e já caiu no agrado popular cujos moradores estão usando com cada vez mais frequência. “Se tivéssemos uma empresa terceirizada operando o transporte público, precisaríamos garantir o lucro dela. Mas optamos por manter o serviço dentro do município, sem essa margem de lucro. Isso nos permite oferecer a gratuidade”, explicou o prefeito, em entrevista ao Giro Estadual de Notícias.
A decisão de oferecer tarifa zero, segundo Cleverson, não foi um gesto populista, mas uma estratégia. “A gente sabe que muitas famílias gastam boa parte da renda com transporte. Se o município pode garantir que elas tenham um deslocamento gratuito, sobra dinheiro para outras necessidades. Isso movimenta a economia local”, disse.
GESTÃO e PLAEJAMENTO – Como Costa Rica paga essa conta? – O transporte gratuito de Costa Rica não depende de repasses estaduais ou federais. Ele é financiado exclusivamente com recursos do município, o que torna sua manutenção uma questão de planejamento financeiro.
“Temos um controle rigoroso das contas. No último ano, fechamos com superávit, o que nos permitiu continuar investindo em serviços essenciais sem comprometer o transporte gratuito”, explicou o prefeito.

CAMINHO INVERSO – Enquanto algumas cidades terceirizam serviços públicos Costa Rica internalizou ações essenciais como coleta de lixo e transporte escolar, reduzindo custos e aumentando a autonomia da prefeitura.
Outros municípios já tentaram o mesmo caminho – Costa Rica não é a única cidade do Brasil que aposta na gratuidade do transporte público. Em diferentes regiões, algumas prefeituras implementaram a tarifa zero, com diferentes formas de financiamento.
No Rio de Janeiro, o município de Maricá mantém a gratuidade com receitas dos royalties do petróleo. Em Paulínia (SP) e Medianeira (PR), o modelo é sustentado com arrecadação municipal. Outras cidades adotaram o transporte gratuito apenas para grupos específicos, como estudantes e idosos.
Os desafios da tarifa zero – A experiência de Costa Rica tem funcionado, mas exige atenção constante. O prefeito reconhece que o crescimento da demanda pode pressionar o sistema. “O transporte gratuito faz com que mais pessoas usem os ônibus, e isso aumenta nossos custos. Precisamos sempre avaliar se teremos recursos para manter o serviço sem prejudicar outras áreas”, afirmou.
Outro ponto crítico é a manutenção da frota. Com ônibus rodando diariamente sem gerar receita, o município precisa arcar sozinho com os custos de reparos e renovação. “Não adianta oferecer um serviço gratuito se ele não tiver qualidade. A população precisa de transporte digno, com ônibus em boas condições e horários suficientes para atender a demanda”, disse o prefeito.