De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde nesta quarta-feira (31), Mato Grosso do Sul possui 27.872 casos confirmados de dengue somente em 2023. Em média, são 5,5 mil casos mensais e 185 confirmações diárias, 7 a cada 60 minutos.
Além dos casos confirmados, o Estado conta com 27 mortes provocadas pelo vírus do mosquito Aedes Aegypti. A título comparativo, as confirmações deste ano já superaram em cerca de 6,5 mil casos os números de 2022, ano em que os casos confirmados atingiram 21.328 pessoas.
Para além do alto número de pessoas com o vírus, o estado ocupa a 10ª posição nacional entre os estados com mais casos prováveis, cerca de 45,7 mil registros.
Internamente, a alta incidência do vírus já atingiu 71 dos 79 municípios sul-mato-grossenses.
Conforme os dados da SES, os municípios com menor incidência do vírus são Corguinho, Paranhos, Ribas do Rio Pardo, Iguatemi, Aparecida do Taboado, Paranaíba, Terenos e Tacuru, ao passo que as cidades com maior incidência do vírus são Brasilândia, Antônio João, Alcinópolis, Ivinhema e Itaporã.
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, o vírus tem atingido pessoas entre 10 e 29 anos. Em relação aos óbitos, 10 ocorreram em março; oito em abril, além de quatro mortes registradas em fevereiro, mesmo número de óbitos de maio e uma morte em janeiro.
Anteriormente, o doutor em infectologia, Everton Lemos destacou ao Correio do Estado, que a população deve se atentar com as chuvas recorrentes, assim como as rápidas mudanças nas condições climáticas, fatores que influenciam no crescimento dos casos.
“Em geral, a população tende a se preocupar com os novos problemas, e com isso tende a esquecer os problemas antigos. Desse modo, as diversas doenças podem acarretar, inclusive, em superlotação dos hospitais, o que poderia atingir a qualidade de atendimento da saúde”, finalizou o infectologista.
Na ocasião, o infectologista salientou que, mesmo com os altos índices do vírus, observar locais com água parada, além de manter a higiene da casa são imprescindíveis para evitar a proliferação do mosquito. Sazonal, o vírus se alastra em períodos quentes e tende a diminuir quando as temperaturas caem.
Fonte: Correio do Estado